população
da XVIIIª RA foi muito superior ao crescimento da Guanabara
nos períodos de 1950 à 1960 - 39,1% e 1950 à
1970 - 81,5%. A população da região representava
em1950 3,4% da população da Guanabara, em 1970 passou
a representar 5,4%. A análise desses dados vem demostrar
a sua extraordinária evolução de pequeno núcleo
para importante centro populoso e progressista. Até 1939,
figurava nessa área, juntamente com Realengo, Jacarepaguá
e Santa Cruz, entre os maiores produtores de laranja, chegando a
exportar nesse ano, 144.577 toneladas de produto. A decadência
da citricultura, em função da Guerra, contribuiu de
maneira decisiva para que começasse a transformação
das propriedades rurais em loteamentos. O relevo suave, favorável
à instalação de loteamentos, e o fato importante
de campo Grande dispor de uma vasta rede de serviços (Ensino,
Saúde, Igrejas, etc.), e um comércio que foi se expandindo
e se diversificando, todos esses aspectos estão presentes
como condicionamento de extraordinário crescimento da população.
No setor educacional, no período dos últimos dez anos,
verificou-se um aumento no número de matrículas, que
não só consegue acompanhar o crescimento da população,
como chega a superá-lo. A concentração estudantil
é uma das mais numerosas do Rio de Janeiro. É bem
mais alto o índice de presença nos estabelecimentos
de ensino. É muito extenso o comércio da região
(3.300 estabelecimento aproximadamente), e dos mais variados gêneros.
No que diz respeito à avicultura, Campo Grande atingiu elevado
grau de desenvolvimento. Começou a avicultura carioca praticamente
em Campo Grande, quando em 1946 foi instalado o Bartolomeu Rabelo,
um aviário em bases cientificamente aceitáveis para
á época, na Estrada do Mato Alto, em Guaratiba. Campo
Grande é o subúrbio que oferece condições
de exercer uma função centralizadora em relação
as áreas vizinhas e áreas externas (Estado do Rio)
pela sua posição geográfica que permite ligações
com o centro do Grande Rio, ao nordeste pela Av. Brasil, e a sul
pela Rio-Santos. A região se comunica com Santa Cruz, Mangaratiba
e subúrbios da Central por trem e por ônibus. Há
na região de Campo Grande, reação em marcha.
Aqui está sendo erguida uma nova metrópole, estão
vindo as grandes lojas comerciais, e para aqui virão mais
indústrias. Campo Grande destina-se em futuro próximo
a construir-se no que poderíamos chamar de Cidade-Modelo.
Hoje, como ontem, Campo Grande é uma verdadeira capital.
"Capital Rural do Distrito Federal", é como chamava
a localidade até bem pouco tempo. A verdade, porém,
é que Campo Grande embora localizada na denominada "Zona
Rural" do artigo Distrito Federal, nada ou quase nada apresenta
de rural, levando-se em conta a precisa acepção do
vocábulo. A designação deve Ter permanecido
como simples convenção do disposto em documentos oficiais
da antiga Prefeitura Municipal, e não como conseqüência
das características regionais. Tudo faz de Campo Grande um
centro importante, sequioso de agigantar-se, de brilhar, não
pela iniciativa de uns poucos, mas pelo trabalho conjugado e harmonioso
de muitos. Mudada a capital para muito longe, claro é que
Campo grande desperte para atender a sua vocação.
Desde centro de peculiaridades expressivas, de vida própria,
de finalidade múltiplas em todos os domínios, há
de partir a glória radiosa capaz de unir todas as energias
da Região e dar a esta porção de terra Guanabarina,
um lugar que lhe cabe pelo seu passado e pelo seu presente. Todos
lutam em torno de um ideal comum de fazer que os legítimos
interesses sejam sempre respeitados que se proclamem os direitos
que a destinação se afirme e se realize. Ninguém
falte ao chamado. Um com sua enxada, outro com o cinzel, com a pena,
aquele com o cajado, mas todos com os braços, com cérebros,
para trabalharem e vencerem, e fim de serem dignos da terra promissora
e bela que herdaram onde todo esforço vale um cântico
de primavera, profundo, acolhedor em bom. |