A primeira integrante começou cedo na música influenciada
pelo avô, admirador de Lupicinio Rodrigues, em Porto Alegre
(RS). Aos 17, integrou por 2 anos no coral da PUC-Poá. Em
2001, tornou-se militante do hip-hop e da cultura pelo cidadão
da periferia; formou a banda de reggae “Filhos de
Jah”, onde atuou como vocal e back vocal e atuou
como educadora de um centro comunitário local, cursando também
música durante 1 ano e maio. Veio para São Paulo em
2003 através do rapper Sandrão (RZO)
para participar do projeto “A Força”,
conhecendo assim outros novos talentos do hip-hop paulistano. É
também artesã e modelo. A segunda, iniciou na música
em 1998 tocando violão; ao longo sua estada conheceu Sandrão
em 2003 (que a ensinou a compor), e ingressou no projeto A Força.
Além de cantora e compositora, é também atriz
e está atuando inclusive no longa metragem “Antônia”,
dirigido por Tatá Amaral, ao lado
nomes como “Negra Li, Quelynah, Leila Moreno, Kamau,
DJ Hadji”, entre outros. A terceira integrante, desde
menina passou a receber as primeiras influências musicais
em casa através da mãe que atuava no oral católico
“Filhas de Maria”, em Jundiaí
(interior de SP); e de seu irmão, amante da black music.
Através de seu grupo (Negritude Posse),
teve a oportunidade de abrir na quadra do Rosas de Ouro (SP), em
1992, o show de lançamento do álbum Escolha Seu Caminho,
do grupo “Racionais MCs”. Em 1993,
envolveu-se no meio gospel entoando louvores na Igreja Renascer,
integrando também como corista do projeto “Renascer
Praise”. Participou da faixa “Contos
da Sul”, do álbum “A Cura”
(2000), do grupo “Apocalipse XVI”;
do remix produzido por Silveira da música
“Mais Um Lamento” para o trabalho de
Simoninha (2002) e Lançou seu primeiro álbum
solo (Atitude) em 2002; e este ano participou de
duas faixas do primeiro álbum solo do rapper Dexter
(ex-509-E), no álbum “Exilado Sim, Preso Não”.
É inclusive produtora e modelo.
Elas são Angélica, Luana e Tina,
ou se preferir “A-TAL (junção
dos nomes Tina, Luana e Angélica)”, grupo com apenas
1 ano de existência, mas composto por mulheres de larga
experiência na área. Mais uma vez o Portal Campo
Grande traz até você o que ainda está por
acontecer no hip-hop nacional e, desta vez a inovação
é das mulheres de atitude...
TR.
Portal Campo Grande- Existe algum sentido à mais
para a sigla “A-TAL”?
Luana- Sim, significa a força da mulher;
é uma sigla que representa o nome das 3 (Tina, Angélica
e Luana), como também significa Atitude, Amizade e Lealdade.
PCG- Pelo visto o Sandrão teve um papel importante
na caracterização do grupo, não é?
Angélica- Não, na caracterização
não, mas ele teve um papel muito importante, pois através
dele nos conhecemos e foi mais fácil viabilizar nosso sonho.
Um grande amigo.
PCG
- O A-TAL é um grupo gospel?
Tina- Não, mas graças á
Deus temos uma boa base espiritual, e o CD da A-T.A.L vem com
1 gospel agradecendo ao Senhor tudo o que ele tem feito em nossas
vidas.
PCG
- Então, como você definiria o estilo do grupo?
TN- A-T.A.L vem com uma mistura estilo black;
trazendo r&b, gospel, soul, rap, MPB(Música Preta Brasileira):
é o que agente cresce ouvindo e o que gostamos de fazer,
trazendo classe e o estilo social do antigo gueto.
PCG - Já existe um título específico
e a previsão de lançamento do álbum?
LN- Já, estamos com 70% do CD produzido
que está sendo feito por um time muito bom, onde procuramos
diversificar os produtores: DJ Dico ( DJ do Dexter) com quatro
faixas , Aldo Golvêa com duas faixas e DJ Roger (Potencial
3) com uma faixa. Estamos felizes com o resultado do nosso trabalho
que em breve estará nas ruas entitulado de "DIAMANTES".
PCG
- Alguma participação em especial?
TN- Aguardamos uma resposta do Dexter e do DJ
Cia para participar do nosso trabalho.
PCG
- Quanto à proposta “gravadora”, como o A-TAL
se posiciona?
AG- A-T.A.L está aberta as propostas das
gravadoras , mas não estamos iludidas com o mundo fonográfico,
até o momento trabalhamos independente.
PCG
- Em se tratando de show ao vivo, a responsabilidade dos instrumentais
fica a cargo de quem?
AG- A responsabilidade de um show como nosso
sempre vai ficar a cargo do dj que estiver trabalhando com a gente
no momento . O dj é a nossa banda!
PCG
- Em nosso movimento existe uma ala extremamente feminista, defensora
dos direitos da mulher no hip-hop. Como vocês de colocam
diante deste fato?
LN- Nós somos mulheres, que, nascidas
e criadas no gueto temos dentro de nós o desejo de ver
a mulher sendo respeitada com igualdade, não só
no hip-hop, mas em toda a nossa sociedade. Somos a favor das feministas.
PCG
- Como é a aceitação masculina diante o trabalho
do grupo no movimento?
TN- Os homens aceitam muito bem e até
comentam que deveria ter mais grupos femininos no rap.
PCG
- Descreva a intenção da faixa “Seja Como
For”.
AG- A intenção da música
é lembrar a responsabilidade da paternidade, mostrando
a força da mulher que cria e educa seus filhos sozinha
e levantar a questão dos direitos civis da mulher, que
muitas delas não sabem e também têm medo de
procurar a justiça .
Saiba
mais:
lmhansem@yahoo.com.br
(show)