O Portal de Campo Grande lança mais uma super coluna, desta vez sobre a Cultura do Hip Hop no Brasil.
Esta coluna está sendo escrita pelo DJ TR

Saiba mais sobre o DJ TR:

- Militante do movimento hip-hop há 14 anos
- Coordenador da ATCON (Associação Atitude Consciente)
- Membro da Zulu Nation Brasil
- Palestrante, escritor e colunista
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Afinal, o quê é Black Music?
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Quando a personalidade feminina se torna “A- TAL”
A primeira integrante começou cedo na música influenciada pelo avô, admirador de Lupicinio Rodrigues, em Porto Alegre (RS). Aos 17, integrou por 2 anos no coral da PUC-Poá. Em 2001, tornou-se militante do hip-hop e da cultura pelo cidadão da periferia; formou a banda de reggae “Filhos de Jah”, onde atuou como vocal e back vocal e atuou como educadora de um centro comunitário local, cursando também música durante 1 ano e maio. Veio para São Paulo em 2003 através do rapper Sandrão (RZO) para participar do projeto “A Força”, conhecendo assim outros novos talentos do hip-hop paulistano. É também artesã e modelo. A segunda, iniciou na música em 1998 tocando violão; ao longo sua estada conheceu Sandrão em 2003 (que a ensinou a compor), e ingressou no projeto A Força. Além de cantora e compositora, é também atriz e está atuando inclusive no longa metragem “Antônia”, dirigido por Tatá Amaral, ao lado nomes como “Negra Li, Quelynah, Leila Moreno, Kamau, DJ Hadji”, entre outros. A terceira integrante, desde menina passou a receber as primeiras influências musicais em casa através da mãe que atuava no oral católico “Filhas de Maria”, em Jundiaí (interior de SP); e de seu irmão, amante da black music. Através de seu grupo (Negritude Posse), teve a oportunidade de abrir na quadra do Rosas de Ouro (SP), em 1992, o show de lançamento do álbum Escolha Seu Caminho, do grupo “Racionais MCs”. Em 1993, envolveu-se no meio gospel entoando louvores na Igreja Renascer, integrando também como corista do projeto “Renascer Praise”. Participou da faixa “Contos da Sul”, do álbum “A Cura” (2000), do grupo “Apocalipse XVI”; do remix produzido por Silveira da música “Mais Um Lamento” para o trabalho de Simoninha (2002) e Lançou seu primeiro álbum solo (Atitude) em 2002; e este ano participou de duas faixas do primeiro álbum solo do rapper Dexter (ex-509-E), no álbum “Exilado Sim, Preso Não”. É inclusive produtora e modelo.

Elas são Angélica, Luana e Tina, ou se preferir “A-TAL (junção dos nomes Tina, Luana e Angélica)”, grupo com apenas 1 ano de existência, mas composto por mulheres de larga experiência na área. Mais uma vez o Portal Campo Grande traz até você o que ainda está por acontecer no hip-hop nacional e, desta vez a inovação é das mulheres de atitude...

TR.
Portal Campo Grande- Existe algum sentido à mais para a sigla “A-TAL”?
Luana- Sim, significa a força da mulher; é uma sigla que representa o nome das 3 (Tina, Angélica e Luana), como também significa Atitude, Amizade e Lealdade.

PCG- Pelo visto o Sandrão teve um papel importante na caracterização do grupo, não é?
Angélica- Não, na caracterização não, mas ele teve um papel muito importante, pois através dele nos conhecemos e foi mais fácil viabilizar nosso sonho. Um grande amigo.

PCG - O A-TAL é um grupo gospel?
Tina- Não, mas graças á Deus temos uma boa base espiritual, e o CD da A-T.A.L vem com 1 gospel agradecendo ao Senhor tudo o que ele tem feito em nossas vidas.

PCG - Então, como você definiria o estilo do grupo?
TN- A-T.A.L vem com uma mistura estilo black; trazendo r&b, gospel, soul, rap, MPB(Música Preta Brasileira): é o que agente cresce ouvindo e o que gostamos de fazer, trazendo classe e o estilo social do antigo gueto.

PCG - Já existe um título específico e a previsão de lançamento do álbum?
LN- Já, estamos com 70% do CD produzido que está sendo feito por um time muito bom, onde procuramos diversificar os produtores: DJ Dico ( DJ do Dexter) com quatro faixas , Aldo Golvêa com duas faixas e DJ Roger (Potencial 3) com uma faixa. Estamos felizes com o resultado do nosso trabalho que em breve estará nas ruas entitulado de "DIAMANTES".

PCG - Alguma participação em especial?
TN- Aguardamos uma resposta do Dexter e do DJ Cia para participar do nosso trabalho.

PCG - Quanto à proposta “gravadora”, como o A-TAL se posiciona?
AG- A-T.A.L está aberta as propostas das gravadoras , mas não estamos iludidas com o mundo fonográfico, até o momento trabalhamos independente.

PCG - Em se tratando de show ao vivo, a responsabilidade dos instrumentais fica a cargo de quem?
AG- A responsabilidade de um show como nosso sempre vai ficar a cargo do dj que estiver trabalhando com a gente no momento . O dj é a nossa banda!

PCG - Em nosso movimento existe uma ala extremamente feminista, defensora dos direitos da mulher no hip-hop. Como vocês de colocam diante deste fato?
LN- Nós somos mulheres, que, nascidas e criadas no gueto temos dentro de nós o desejo de ver a mulher sendo respeitada com igualdade, não só no hip-hop, mas em toda a nossa sociedade. Somos a favor das feministas.

PCG - Como é a aceitação masculina diante o trabalho do grupo no movimento?
TN- Os homens aceitam muito bem e até comentam que deveria ter mais grupos femininos no rap.

PCG - Descreva a intenção da faixa “Seja Como For”.
AG- A intenção da música é lembrar a responsabilidade da paternidade, mostrando a força da mulher que cria e educa seus filhos sozinha e levantar a questão dos direitos civis da mulher, que muitas delas não sabem e também têm medo de procurar a justiça .

Saiba mais:

lmhansem@yahoo.com.br (show)

TR             
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